Greening já é registrado em estados vizinhos, não tem tratamento e prevenção passa a ser fundamental
A citricultura, importante atividade econômica em Severiano de Almeida e no Rio Grande do Sul, está sob alerta devido ao risco iminente da doença conhecida como Greening, considerada uma das mais destrutivas para plantações de citrus em todo o mundo.
Em regiões já afetadas, o impacto é devastador: plantas morrem, pomares inteiros precisam ser erradicados e a produção de frutas sofre quedas significativas. No entanto, até o momento, o Rio Grande do Sul permanece livre da doença. Especialistas alertam, porém, que o perigo de entrada do Greening existe e a prevenção é fundamental para proteger a produção local.
Estados como PR e SC já registram a doença e por isso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Severiano de Almeida, em parceria com o Escritório Vendruscolo, Emater e a Secretaria de Defesa Vegetal do Estado do Rio Grande do Sul, reforça o alerta: proteger a citricultura é uma responsabilidade compartilhada.
A Secretaria entende que manter o município livre do Greening significa garantir o futuro da produção, a saúde dos pomares e a subsistência de milhares de famílias gaúchas.
Em caso de suspeita da doença, a orientação é procurar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária do município ou a Emater. O Greening não tem cura; a prevenção é a melhor defesa.
Causas e sintomas
O Greening é provocado por uma bactéria transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri, um inseto que se alimenta de brotos novos de citrus e de plantas hospedeiras, principalmente a murta. Ao migrar entre as plantas, o psilídeo espalha rapidamente o agente causador da doença.
Os sintomas incluem amarelecimento irregular das folhas, frutos deformados, amargos e com maturação desigual, além da queda na produtividade. Com o avanço da doença, a planta enfraquece até morrer.
Prevenção é a única solução
Como não existe cura para o Greening, a única forma de controle é eliminar as plantas contaminadas. Por isso, a prevenção se torna prioridade e depende do engajamento coletivo de produtores, técnicos e da comunidade.
Medidas de proteção recomendadas
- Adquirir apenas mudas legalizadas;
- Eliminar plantas hospedeiras, como a murta, que servem de abrigo para o inseto transmissor;
- Cadastrar pomares com mais de 50 plantas;
- Denunciar o comércio ambulante de mudas;
- Monitorar a presença do inseto vetor nos pomares;
- Solicitar autorização à Seapi para introdução de mudas vindas de outros estados.

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